Selmer - Muitas bandas estão em estúdio gravando.No caso de vocês tem a ver com a final do concurso Por Essas Bandas ou já estava nos planos da banda gravar, independentemente da premiação?
Neri – O concurso foi o grande empurram que a gente teve. A banda não planejava gravar nenhum cd até então.Quando ganhamos o festival decidimos pela gravação.Aí falamos, “vamos gravar!” Então estamos há muitos meses nesse processo. E vai tempo! A gente não faz só isso né cara. E às vezes o tempo é curto. Mas estamos trabalhando pra isso. Ta 70% pronto..
Selmer - Falando em gravação, vocês têm um estúdio.Fica mais fácil na hora de produzir o som de vocês ou é indiferente?
Neri - Tanto fica mais fácil que a gente grava só a batera e algumas coisas lá no over sonic. Também Fazemos a masterização lá.O restante do trabalho é gravado no nosso Q G .( interrupção ... Um cara entrou no camarim pra pedir pra banda tocar Bohemian Rhapsory. Eu disse brincando que agora os caras não tocam mais essa canção porque eles já ganharam o concurso...)Muitas coisas a gente grava no nosso estúdio porque podemos testar o som. Temos mais tempo, então facilita bastante.
Duda - A grande vantagem é essa. Quando as horas tão contando você tem menos tempo para experimentar.O bom da gente ter um estúdio é que podemos experimentar antes de gravar.A gente faz e tal. Ouve. Puta não ta legal! Grava de novo. Então a gente tem esse privilégio né cara.
Neri - A gente ensaia, faz uma previa, bateria, prato, um monte de coisa...A gente ouve.Vai mudando... É um lance de lapidação. Por isso que demora. Por que ta ficando legal.
Duda - A gente é exigente né. Não é só uma questão de estúdio. Mesmo que estivéssemos pagando e contando as horas a gente ia vender as nossas cuecas pra sair dali com o resultado que a gente gostaria.A gente é bem exigente nesse sentido.
Selmer –A Banda toca muitos cover’s na balada. É diferente tocar pruma galera que ta lá mais pra se divertir e dançar e para um público que curte o som próprio da banda? Como por exemplo no caso do Hocus Pocus que tem um público mais alternativo.Como a banda vê essa questão da diversidade do público?
Fell - Geralmente esse público de balada vai mais pra dançar. Então tem que ter um som mais pra cima. Eu posso estar falando bobagem, mas assim...O pessoal não aprecia tanto a qualidade,entendeu. Às vezes é mais agitação.Hoje por exemplo a gente pode mandar mais Queen e outros cover’s durante à noite pra encerrar o show e por satisfação própria!Não que vai virar uma coisa que todo mundo vai comentar “os caras puta.” Sempre tem os mais conservadores na balada.Os caras vêm elogiar e tal. Mas na balada o povo ta mais ali pra curtir.Tem que ser mais enérgico.
Néri - Aqui no Hocus tem esse clima de tocar as nossas canções também. Que é o que a gente vai fazer hoje Pela primeira vez! vamos fazer um show só com composições próprias.É um marco na história do Super Trunfo. Graças a Deus a gente pode fazer isso aqui.
Néri - Aqui no Hocus tem esse clima de tocar as nossas canções também. Que é o que a gente vai fazer hoje Pela primeira vez! vamos fazer um show só com composições próprias.É um marco na história do Super Trunfo. Graças a Deus a gente pode fazer isso aqui.
Duda - Tenho certeza que todos os integrantes da banda estavam esperando por esse momento de tocar só as nossas músicas. Desde o começo da banda tínhamos o objetivo de tocar só na noite. Mas também tínhamos a intenção de fazer um som próprio.
Fell - Na verdade aí que você vê que banda tem que ter muito coração e vontade.Quando começamos era mais pra ganhar dinheiro e tocar. Todo mundo aqui veio da escola do heave metal.Não tinha o mesmo resultado.Era mais difícil tocar. Aí eu falei “Vamos montar uma banda pop pra ganhar uma grana.” É mais fácil.
Duda - E tocar né! Heave metal com um som bem trampado é difícil.
Fell - É difícil alguém contratar.Não tem muita abertura.Tentamos até tocar cover’s das bandas mais conhecidas.Mas é diferente.E foi rolando uma sintonia entre os integrantes, uma vontade de fazer algo diferente. E aí colocamos o coração e foi rolando de fazer as nossas próprias canções.
Selmer - E de certa forma os cover’s proporcionou uma experiência musical pra que vocês pudessem criar uma característica própria.
Fell - E aí puts, também sei lá... O Rômulo compõe desde criança, o Jorge também.E aí pô, tinha isso, tinha aquilo cara.Um lance criativo foi acontecendo e, vimos que além de criarmos o nosso próprio som ,também rolou uma química muito natural...
Selmer - Por essas questões todas é que vai rolar um show só de músicas da banda.
Neri - Vamos tocar pouco tempo por que temos outro show em seguida.Fizemos questão de estar aqui pra prestigiar o grande Betão no dia do aniversário dele.
selmer - Esse som autoral que a banda está tocando, se fosse classificar teria a característica de quais bandas?
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Duda - Aí é legal o que você falou porque se juntar, todos nós temos influências de muita coisa diferente entendeu. Inclusive,cara a maioria das nossas músicas se você pegar pra ouvir vai ter uma influência e tal.Mas o legal é que ta muito a gente.Isso de falar que a gente se parece com alguma banda....Pode até ter elementos de coldplay, foo fighters e tal. Mas isso porque é real e, é o que a gente conseguiu fazer.
Neri – A gente se preocupa com melodia diferentes, com harmonia diferentes, a identidade da banda. Não ficar no óbvio! A gente sempre fala durante as composições e arranjos, “não vamos fazer nada mais do mesmo!” Vamos misturar coisas que a gente curte e, que soe bem esteticamente e tudo mais... Esse é o grande lance.
Selmer - No anos 80 surgiram muitas bandas que ficaram apenas num rit só. No caso de vocês, como é essa coisa da canção “nada mais” que é o som que a galera mais conhece e canta...
Fell - Pelo menos da minha parte eu conversei com o pessoal e disse vamos lá fazer um show com composições só nossa.Houve um interesse pra saber o que vem depois de nada mais. (Riso geral diante do paradoxo)
Duda completa: O que é que pode vir depois de nada mais?! O nome da canção já é difícil.
Fell - Ta rolando um interesse pela banda .O pessoal ta a fim de ver.
Duda completa: O que é que pode vir depois de nada mais?! O nome da canção já é difícil.
Fell - Ta rolando um interesse pela banda .O pessoal ta a fim de ver.
Selmer - Não é uma crítica porque na verdade é legal ouvir a galera cantando o som do Super Trunfo.Mas de repente começa a tocar demais e, de certa forma as rádios também tem culpa porque acaba saturando a canção né.
Duda - Aí que ta! Dá mesma forma que a gente trabalhou a canção "nada mais", a próxima canção a gente vai escolher com todo o carinho e trabalhar da mesma forma .Aí já é um outro trabalho. Se a radio tocar esperamos que tenha o mesmo efeito.
Selmer - Duda, o seu trampo como guitarrista foi muito elogiado por um guitarrista de outra banda durante um show que vocês fizeram recentimente. Isso é legal pra caramba porque tem uns caras que tão começando a tocar e já se acham o máximo quando na verdade ainda tem muito que aprender.
Duda - Legal! O segredo disso é botar a alma mesmo no instrumento.E acho que essa nova geração “eu falo como se fosse um velho” rsrsr...Mas eu comecei cedo.Essa galera de 15 a 18 anos ta se preocupando em tocar cada vez mais rápido.Virou uma disputa!O segredo da música ta na melodia.É ouvir...É a alma. Apesar de eu ser branquinho, acho que tenho o espírito de negro porque o Blues pra mim é a grande expressão. É o maior exemplo da alma na música.Acho que é isso.Tirar músicas difíceis,tentar aliar a técnica e a alma.Acho que isso é na banda toda.
Fell – Eu sou suspeito pra falar né cara, mas o Duda é o feeling vois da banda. Duda – Porque começando com gente e até o técnico de som, nós não tivemos escola “pa”. A gente estudou num conservatório musical, aqui e ali...Mas a grande escola da banda acaba sendo o ouvido,o feeling.Esse é o segredo de ter uma cara própria. Fell - Não é mecânico. Duda – É.Não é acadêmico.
Selmer - Vocês sentem que esse é o momento das bandas? Porque assim...Tem várias bandas gravando, mostrando o seu som e, algumas até já assinaram com gravadora.
Fell - Você perguntou um negócio que é até engraçado porque esse é o momento até do cenário de são Jose .Eu tava comentando com o Rômulo que os caras da banda Voltz apareceram na rádio no programa do pânico.O Emilio colocou a música dos caras no ar e conversou com a banda. – Pô, vocês têm um jeito de músicos mesmo! O cd é profissional - Isso dá uma abertura pras outras bandas.É uma vitrine.Tipo, São Jose tem muita banda boa em diversos estilos.É um pólo do rock.
selmer - Nesse auê todo tem bandas correndo pro estúdio pra gravar e, de repente acaba produzindo um material ruim. Não acaba soando uma coisa meio oportunista?
Neri – Não dá pra montar uma música que nem frankestain, né cara.Tipo a gente coloca um violãozinho aqui, coloca não sei o que ali e pronto... Selmer - Até porque o público que vem aqui curte o som autoral que as bandas fazem.E de repente você ouve na rádio e percebe que foi gravado as pressas porque o betão ta lá e vai dar uma força. Então nessa correria acaba não produzindo um material de qualidade.
Duda - Em qualquer meio né cara existem pessoas oportunistas. O cara pensa: -Nossa! Aqui é aonde eu vou ganhar dinheiro! - E aí faz um trabalho forçado. Sempre tem, mas com certeza não é o nosso caso.
selmer - Qual é o próximo super trunfo da banda?..
(Poxâ, eu achei que essa pergunta era super criativa, mas os caras não entenderam então eu tive que explicar melhor rsrsr...)
Néri - Tem o clip da canção “nada mais”.
Duda - Acho que o principal e o nosso super trunfo na verdade é mostrarmos a nossa cara, a nossa música.
Duda - Acho que o principal e o nosso super trunfo na verdade é mostrarmos a nossa cara, a nossa música.
Fell - inclusive a gente vai lançar o cd, o site, o clip e por a nossa cara aí pro Brasil.
selmer - Bom...na pior das hipóteses se não der certo a banda pode ganhar dinheiro com as imitações do Duda até porque ta na moda fazer imitação,contar piada ....Nesse sentido a banda não vai passar fome né...
( Duda faz imitações do Silvio Santos e do Zacarias...)
( Duda faz imitações do Silvio Santos e do Zacarias...)
selmer - Considerações finais por Super Trunfo.
Neri - Bom, a banda Super Trunfo está entrando numa nova fase de mostrar a cara. Deixamos de ser uma banda que toca à noite só na balada pra ser uma banda com um som próprio.Com conteúdo nas letras. Todo esse lance aí...Essa é a grande notícia...Uma nova postura.
Fell Agora é a hora de mostrar o que é o Super Trunfo.A gente tocava bastante cover’s como você falou, então agora é o real..
selmer - E se a galera que curte balada comprar o cd de vocês vai ser melhor ainda.!..Com certeza!
Duda - Acho que se resume a duas palavras.Verdade.Passar o que a gente é de verdade. E otimismo porque é preciso ter muito otimismo e perseverança pra acreditar na sua arte e seguir porque é difícil né..
Jorge Neri (Vocal)·
Duda Becker (Guitarra)·
Fell Vieira (Baixo)·
Thiago Oliveira “sansão” (bateria)·
Rômulo Faria (Teclados)
Duda Becker (Guitarra)·
Fell Vieira (Baixo)·
Thiago Oliveira “sansão” (bateria)·
Rômulo Faria (Teclados)
Bônus Tranks:
A todos do Hocus Pocus stúdio & café, Betão e claro, esses caras muito gente fina da “Banda Super Trunfo”..
A todos do Hocus Pocus stúdio & café, Betão e claro, esses caras muito gente fina da “Banda Super Trunfo”..
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