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terça-feira, 8 de setembro de 2009

ENTREVISTA ALARDE - SÃO PAULO

selmer - O título do disco da banda "Oitoitenta" tem esse lance relacionado a cena independente.Tipo: Ou vai ou racha! Qual é a definição que você vê nesse sentido?

Luiz - Na verdade é mais um estilo de vida do que uma intenção de divulgação.É uma coisa vivida e transformada pra música e as letras também.Isso reflete na maneira que as pessoas vêm a gente e, nos shows também que é loucura...É uma coisa natural e intencional que resualta nesse trabalho do inicio ao fim." É uma contrariedade. Mas, na verdade também não dá vida muito longa pra pessoas que vivem nesse Oitoitenta".
selmer - A música Oitoitenta me lembra bastante Morfhine na pegada do baixo e, the Doors nesse lance da loucura e estravazar no palco.

Luiz - Ah, sim...Influência né! Loucura adolescente do Doors.è a coisa que vem e sempre influência.Não tem por onde fugir.E assim... ( ? ) repete a pergunta pra mim que eu já me perdi! selmer - É sobre o lance do estilo e influência... A letra Oitoitenta tem esse lance de apresentação, de divulgação e que diz: " Sou oitoitenta vou logo avisando/Não aceito meio termo/meia hora não existe/Do luxo ao lixo.."

É dar a cara a bater e ver o que acontece.

selmer - A pitty ta lançando disco novo e a primeira música se chama Oito e oitenta.Fala desse lance do bem e do mal...
Luiz - É uma coincidência Bizarra! Mas é curioso como as coisas são.E ela tem uma puta estrutura e a gente não.


selmer - O lobão falou que esse lance da cena independente acabou pelo fato das bandas aparecerem em programas populares que, até um tempo atrás era meio que inconcebível.Como você vê a cena independente no sentido mais autentico, até porque a banda alarde toca bastante em Sampa.


Luiz - Independente de morar em Sampa ou são jose eu não vejo nada de muito verdadeiro.Vejo mais um jogo de cena do que um companheirismo.Amizade a gente tem.As bandas são amigas, mas eu não vejo muito não esse lance de união.Esse lance que você falou de ta todo mundo buscando as mesmas coisas.Todo mundo quer viver de música.Tem uns que pagam um preço, outros não! A gente vai fazendo conforme as oportunidades vão surgindo.Tocar em bares, exibições em radio e tvs.Mas cada um sabe aonde o calo aperta.


selmer - Você e o Rodrigo seu irmão, saíram de são jose por não acreditar mais na cidade ou foi um lance de buscar outras referencias?


Luiz - Eu sai daqui em 2003, pra estudar e trabalhar em são paulo.Só que eu já tinha as composições que estão no disco Oitoitenta.Foi aqui em são jose que a gente costumava ensaiar num quartinho no fundo de casa. As músicas já tavam em formação.A experiência que eu vivi em sampa foi meio que aos trancos e Barrancos.E aí eu senti a necessidade de gravar o disco e finalizar as composições.Eu to há 6 anos em são paulo, mas tudo puxou pra que fosse feito um trampo que agora é pra vida né.


selmer - Como você vê a cena musical de são jose hoje comparando a época que você morou aqui?


luiz - Com certeza melhorou! Tem muito mais organização.Aqui no Hocus Pocus principalmente que é o foco que recebe bandas do Brasil todo e que, não fica devendo nada pros bares de são paulo.E esse lance todo tem a ver com o público também de querer conhecer as bandas e ver se gosta ou não.Tem que ser natural também.Não pode ser forçado.

Pra colocar um som na rádio às vezes, você acaba falando com gente que não é da área e aí dificulta. Mas não é só em são jose que isso acontece.Há restrições porque às vezes você não atende os padrões do que as pessoas querem ouvir né.(As pessoas que comandam).Mas é natural e a gente vai dando murro em faca.


selmer - " Vida Bandida " retrata bem essa coisa dos grandes centros urbanos.Do lance do medo, da insegurança nas grandes metrópoles...


Luiz - É, a letra tem esse carater urbano.Mas é tudo uma somatória de experiências.a minha raiz é aqui em são jose e faz uma somatória com a experiência em são paulo.mas não é um reflexo do que a vida lá.É um reflexo da minha perspectiva só.Pode parecer urbano, Urbanóide, mas essa agonia e sentimento pode ser retratada tanto lá como aqui.Depende de quem vê e como se sente.


selmer - Alarde em termos de definição, ta mais voltado no sentido de sensação, de manter o estilo ou tem uma certa vaidade?


Luiz - Não tem pretensão nenhuma de... É só uma apresentação na verdade.Alarde é fazer barulho, se destacar de alguma forma.O alarde foi tirado do estúdio garagem hermética que foi onde trampamos no nosso 1° demo e que, serviu como base né. Foi feito com o Matheus Barbosa que é um amigo meu. No estúdio dele tinha um alarme que se chamava alarde, então eu tava gravando lá e vi e falei : É esse mesmo que se foda!




* Aguardem! Em breve a segunda parte de entrevista com Billy oh, baixista da banda alarde...

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