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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Entrevista " Banda Super Trunfo "Out/2008.


Selmer - Muitas bandas estão em estúdio gravando.No caso de vocês tem a ver com a final do concurso Por Essas Bandas ou já estava nos planos da banda gravar, independentemente da premiação?
Neri – O concurso foi o grande empurram que a gente teve. A banda não planejava gravar nenhum cd até então.Quando ganhamos o festival decidimos pela gravação.Aí falamos, “vamos gravar!” Então estamos há muitos meses nesse processo. E vai tempo! A gente não faz só isso né cara. E às vezes o tempo é curto. Mas estamos trabalhando pra isso. Ta 70% pronto..
Selmer - Falando em gravação, vocês têm um estúdio.Fica mais fácil na hora de produzir o som de vocês ou é indiferente?
Neri - Tanto fica mais fácil que a gente grava só a batera e algumas coisas lá no over sonic. Também Fazemos a masterização lá.O restante do trabalho é gravado no nosso Q G .( interrupção ... Um cara entrou no camarim pra pedir pra banda tocar Bohemian Rhapsory. Eu disse brincando que agora os caras não tocam mais essa canção porque eles já ganharam o concurso...)Muitas coisas a gente grava no nosso estúdio porque podemos testar o som. Temos mais tempo, então facilita bastante.
Duda - A grande vantagem é essa. Quando as horas tão contando você tem menos tempo para experimentar.O bom da gente ter um estúdio é que podemos experimentar antes de gravar.A gente faz e tal. Ouve. Puta não ta legal! Grava de novo. Então a gente tem esse privilégio né cara.
Neri - A gente ensaia, faz uma previa, bateria, prato, um monte de coisa...A gente ouve.Vai mudando... É um lance de lapidação. Por isso que demora. Por que ta ficando legal.
Duda - A gente é exigente né. Não é só uma questão de estúdio. Mesmo que estivéssemos pagando e contando as horas a gente ia vender as nossas cuecas pra sair dali com o resultado que a gente gostaria.A gente é bem exigente nesse sentido.
Selmer –A Banda toca muitos cover’s na balada. É diferente tocar pruma galera que ta lá mais pra se divertir e dançar e para um público que curte o som próprio da banda? Como por exemplo no caso do Hocus Pocus que tem um público mais alternativo.Como a banda vê essa questão da diversidade do público?
Fell - Geralmente esse público de balada vai mais pra dançar. Então tem que ter um som mais pra cima. Eu posso estar falando bobagem, mas assim...O pessoal não aprecia tanto a qualidade,entendeu. Às vezes é mais agitação.Hoje por exemplo a gente pode mandar mais Queen e outros cover’s durante à noite pra encerrar o show e por satisfação própria!Não que vai virar uma coisa que todo mundo vai comentar “os caras puta.” Sempre tem os mais conservadores na balada.Os caras vêm elogiar e tal. Mas na balada o povo ta mais ali pra curtir.Tem que ser mais enérgico.
Néri - Aqui no Hocus tem esse clima de tocar as nossas canções também. Que é o que a gente vai fazer hoje Pela primeira vez! vamos fazer um show só com composições próprias.É um marco na história do Super Trunfo. Graças a Deus a gente pode fazer isso aqui.
Duda - Tenho certeza que todos os integrantes da banda estavam esperando por esse momento de tocar só as nossas músicas. Desde o começo da banda tínhamos o objetivo de tocar só na noite. Mas também tínhamos a intenção de fazer um som próprio.
Fell - Na verdade aí que você vê que banda tem que ter muito coração e vontade.Quando começamos era mais pra ganhar dinheiro e tocar. Todo mundo aqui veio da escola do heave metal.Não tinha o mesmo resultado.Era mais difícil tocar. Aí eu falei “Vamos montar uma banda pop pra ganhar uma grana.” É mais fácil.
Duda - E tocar né! Heave metal com um som bem trampado é difícil.
Fell - É difícil alguém contratar.Não tem muita abertura.Tentamos até tocar cover’s das bandas mais conhecidas.Mas é diferente.E foi rolando uma sintonia entre os integrantes, uma vontade de fazer algo diferente. E aí colocamos o coração e foi rolando de fazer as nossas próprias canções.
Selmer - E de certa forma os cover’s proporcionou uma experiência musical pra que vocês pudessem criar uma característica própria.
Fell - E aí puts, também sei lá... O Rômulo compõe desde criança, o Jorge também.E aí pô, tinha isso, tinha aquilo cara.Um lance criativo foi acontecendo e, vimos que além de criarmos o nosso próprio som ,também rolou uma química muito natural...
Selmer - Por essas questões todas é que vai rolar um show só de músicas da banda.
Neri - Vamos tocar pouco tempo por que temos outro show em seguida.Fizemos questão de estar aqui pra prestigiar o grande Betão no dia do aniversário dele.
selmer - Esse som autoral que a banda está tocando, se fosse classificar teria a característica de quais bandas?
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Duda - Aí é legal o que você falou porque se juntar, todos nós temos influências de muita coisa diferente entendeu. Inclusive,cara a maioria das nossas músicas se você pegar pra ouvir vai ter uma influência e tal.Mas o legal é que ta muito a gente.Isso de falar que a gente se parece com alguma banda....Pode até ter elementos de coldplay, foo fighters e tal. Mas isso porque é real e, é o que a gente conseguiu fazer.
Neri – A gente se preocupa com melodia diferentes, com harmonia diferentes, a identidade da banda. Não ficar no óbvio! A gente sempre fala durante as composições e arranjos, “não vamos fazer nada mais do mesmo!” Vamos misturar coisas que a gente curte e, que soe bem esteticamente e tudo mais... Esse é o grande lance.
Selmer - No anos 80 surgiram muitas bandas que ficaram apenas num rit só. No caso de vocês, como é essa coisa da canção “nada mais” que é o som que a galera mais conhece e canta...
Fell - Pelo menos da minha parte eu conversei com o pessoal e disse vamos lá fazer um show com composições só nossa.Houve um interesse pra saber o que vem depois de nada mais. (Riso geral diante do paradoxo)
Duda completa: O que é que pode vir depois de nada mais?! O nome da canção já é difícil.
Fell - Ta rolando um interesse pela banda .O pessoal ta a fim de ver.
Selmer - Não é uma crítica porque na verdade é legal ouvir a galera cantando o som do Super Trunfo.Mas de repente começa a tocar demais e, de certa forma as rádios também tem culpa porque acaba saturando a canção né.
Duda - Aí que ta! Dá mesma forma que a gente trabalhou a canção "nada mais", a próxima canção a gente vai escolher com todo o carinho e trabalhar da mesma forma .Aí já é um outro trabalho. Se a radio tocar esperamos que tenha o mesmo efeito.
Selmer - Duda, o seu trampo como guitarrista foi muito elogiado por um guitarrista de outra banda durante um show que vocês fizeram recentimente. Isso é legal pra caramba porque tem uns caras que tão começando a tocar e já se acham o máximo quando na verdade ainda tem muito que aprender.
Duda - Legal! O segredo disso é botar a alma mesmo no instrumento.E acho que essa nova geração “eu falo como se fosse um velho” rsrsr...Mas eu comecei cedo.Essa galera de 15 a 18 anos ta se preocupando em tocar cada vez mais rápido.Virou uma disputa!O segredo da música ta na melodia.É ouvir...É a alma. Apesar de eu ser branquinho, acho que tenho o espírito de negro porque o Blues pra mim é a grande expressão. É o maior exemplo da alma na música.Acho que é isso.Tirar músicas difíceis,tentar aliar a técnica e a alma.Acho que isso é na banda toda.
Fell – Eu sou suspeito pra falar né cara, mas o Duda é o feeling vois da banda. Duda – Porque começando com gente e até o técnico de som, nós não tivemos escola “pa”. A gente estudou num conservatório musical, aqui e ali...Mas a grande escola da banda acaba sendo o ouvido,o feeling.Esse é o segredo de ter uma cara própria. Fell - Não é mecânico. Duda – É.Não é acadêmico.
Selmer - Vocês sentem que esse é o momento das bandas? Porque assim...Tem várias bandas gravando, mostrando o seu som e, algumas até já assinaram com gravadora.
Fell - Você perguntou um negócio que é até engraçado porque esse é o momento até do cenário de são Jose .Eu tava comentando com o Rômulo que os caras da banda Voltz apareceram na rádio no programa do pânico.O Emilio colocou a música dos caras no ar e conversou com a banda. – Pô, vocês têm um jeito de músicos mesmo! O cd é profissional - Isso dá uma abertura pras outras bandas.É uma vitrine.Tipo, São Jose tem muita banda boa em diversos estilos.É um pólo do rock.
selmer - Nesse auê todo tem bandas correndo pro estúdio pra gravar e, de repente acaba produzindo um material ruim. Não acaba soando uma coisa meio oportunista?
Neri – Não dá pra montar uma música que nem frankestain, né cara.Tipo a gente coloca um violãozinho aqui, coloca não sei o que ali e pronto... Selmer - Até porque o público que vem aqui curte o som autoral que as bandas fazem.E de repente você ouve na rádio e percebe que foi gravado as pressas porque o betão ta lá e vai dar uma força. Então nessa correria acaba não produzindo um material de qualidade.
Duda - Em qualquer meio né cara existem pessoas oportunistas. O cara pensa: -Nossa! Aqui é aonde eu vou ganhar dinheiro! - E aí faz um trabalho forçado. Sempre tem, mas com certeza não é o nosso caso.
selmer - Qual é o próximo super trunfo da banda?..
(Poxâ, eu achei que essa pergunta era super criativa, mas os caras não entenderam então eu tive que explicar melhor rsrsr...)
Néri - Tem o clip da canção “nada mais”.
Duda - Acho que o principal e o nosso super trunfo na verdade é mostrarmos a nossa cara, a nossa música.
Fell - inclusive a gente vai lançar o cd, o site, o clip e por a nossa cara aí pro Brasil.
selmer - Bom...na pior das hipóteses se não der certo a banda pode ganhar dinheiro com as imitações do Duda até porque ta na moda fazer imitação,contar piada ....Nesse sentido a banda não vai passar fome né...
( Duda faz imitações do Silvio Santos e do Zacarias...)
selmer - Considerações finais por Super Trunfo.
Neri - Bom, a banda Super Trunfo está entrando numa nova fase de mostrar a cara. Deixamos de ser uma banda que toca à noite só na balada pra ser uma banda com um som próprio.Com conteúdo nas letras. Todo esse lance aí...Essa é a grande notícia...Uma nova postura.
Fell Agora é a hora de mostrar o que é o Super Trunfo.A gente tocava bastante cover’s como você falou, então agora é o real..
selmer - E se a galera que curte balada comprar o cd de vocês vai ser melhor ainda.!..Com certeza!
Duda - Acho que se resume a duas palavras.Verdade.Passar o que a gente é de verdade. E otimismo porque é preciso ter muito otimismo e perseverança pra acreditar na sua arte e seguir porque é difícil né..
Ficha Técnica:·
Jorge Neri (Vocal)·
Duda Becker (Guitarra)·
Fell Vieira (Baixo)·
Thiago Oliveira “sansão” (bateria)·
Rômulo Faria (Teclados)
Bônus Tranks:
A todos do Hocus Pocus stúdio & café, Betão e claro, esses caras muito gente fina da “Banda Super Trunfo”..

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